Confira abaixo o relato de observação de Lucivânia:
Finalmente, concluí todos os graus do Clube Messier-Polman! 😀 O 3º grau foi o mais desafiador para mim, não à toa o concluí após 3 anos do recebimento do 2º grau. Claro que a demora não foi apenas devido as dificuldades inerentes à observação de objetos mais difíceis, mas também por fatores externos não relacionados à Astronomia (trabalho, estudos, maternidade, etc).
Especialmente para o 3º grau, foram muitas noites nas quais eu fiquei por horas tentando localizar determinados Objetos sem sucesso, seja pela proximidade com o horizonte, seja por causa de alguma poluição luminosa na direção que eles se encontravam. Fiz observações em locais e direções diferentes, sempre com Bortle 3-4. Eu fiquei por mais de 1 ano aguardando o melhor momento e condições de observar os últimos 4 Objetos Messier dessa lista.
Já o 4º grau foi o menos desafiador, no geral, exceto pelos dois últimos objetos da lista: M101 e M102, devido à localização próxima ao horizonte. Para esse grau, eu planejei observar os Objetos Messier da Constelação de Virgem e outras próximas, então foi possível concluir todos os Objetos em poucos dias. Foram necessárias apenas 6 noites de observação para concluir esse grau, isso ocorreu porque muitos dos Messiers observados estão relativamente próximos, possibilitando até pequenas maratonas de observação. No meu caso, precisei observar em dias não consecutivos, devido ao clima.
Quero ressaltar aqui a importância de um bom instrumento de observação para os graus mais avançados do Clube! Desde o início da minha jornada de caça aos Objetos Messier, eu tenho utilizado um Telescópio Coletti 115 mm e é inacreditável o potencial dele! Posso afirmar ser possível observar todos os Objetos Messier, pelo menos em locais com Bortle 3, que é o meu caso. Em alguns momentos eu duvidei que isso seria possível, tive que observar por várias vezes o mesmo objeto para me certificar de que realmente era o objeto procurado, e não uma ilusão da minha mente, pois alguns poderiam realmente ser considerados impossíveis de serem observados sem um telescópio de maior abertura. Mas, uma ótica impecável (ou uma obra de arte moldada pelo Sandro), um céu escuro, boas condições de clima, determinação e paciência são fatores determinantes para conseguir bons resultados.
P.S. 1: Quem já é membro do Clube, confira o blog, há muitas postagens com dicas valiosas, orientações práticas e didáticas, que certamente ajudarão vocês a avançarem no Clube. Quem ainda não está no Clube, não perca tempo, venha aprender e se maravilhar com o nosso céu.
P.S. 2: Quero deixar registrado aqui a minha gratidão aqueles que de alguma forma fazem parte dessa conquista: Saulo, que desde o início não mediu esforços para dar todo o suporte e apoio necessário para que o melhor trabalho fosse desenvolvido não apenas no Clube Messier-Polman, mas na UBA, de forma geral; Audemário, que coordenava o Clube quando eu entrei e que sempre foi bastante solícito ao ajudar aqueles que estavam, como eu, iniciando no mundo da Astronomia Observacional; Tharcísio e Matias, colegas que coordenaram o clube junto comigo, que me ajudaram e me ensinaram demais (e não apenas sobre Astronomia); Erika e Oleksiy, colegas de clube que sempre trocaram ideias e compartilharam os desafios e alegrias das observações; Meus colegas do GEPEA que também fazem parte do clube e estão trilhando seus caminhos de observação dos Messiers: Dário, Lucielma, Evelyn, Victor, Carlos e Nondas. Desejo sucesso e bons céus!
Lucivânia Souza
astronomiagepea@gmail.com
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