22/01/2020

"Observar...Observar...Sempre Observar !!!", e

 os Objetos Messier nos levam a esse caminho...

* (Por: Audemário Prazeres - A.A.P.)




    A volta do Clube Messier da União Brasileira de Astronomia - U.B.A., é um resgate ao estimulo da Astronomia observacional tendo nesse retorno um “tônico revigorador” de bastante expressividade que foi agregar o nome do saudoso mestre Polman (https://docplayer.com.br/66221423-Pe-jorge-polman-por-audemario-prazeres-observar-observar-sempre-observar.html), ao qual foi um obstinado astrônomo dedicado quase que exclusivamente na Astronomia em seu campo observacional, é dele a frase que sempre fazia "ecoar" em meus ouvidos, e nas publicações, que até se transformou no seu famoso lema: "Observar...Observar...Sempre Observar !!!". Dessa forma, o Clube Messier da U.B.A., retorna com esse “biotômico de vigor” passando a ser denominado doravante de "CLUBE MESSIER-POLMAN".
Historicamente, a iniciativa de se criar um “clube” voltado para a identificação dos Objetos Messier (ou "Objetos de Fundo") surgiu mais precisamente do mês de Maio de 1979, quando a U.B.A., era presidida pelo saudoso mestre Polman. Na ocasião, em virtude dele ter feito a leitura em revistas astronômicas da época, percebeu que outras iniciativas semelhantes voltadas para estimular o lado observacional dos aficionados estava ocorrendo o que lhe motivou em fundar no Brasil em sua gestão na U.B.A. Foi então que surgiu o “Clube Messier”, que por sinal, e para efeito de não deixar de citar dentro desse contexto histórico, o primeiro Coordenador do Clube Messier foi o membro do antigo Clube Estudantil de Astronomia – C.E.A., Virgílio Bonfim Júnior. Pois bem, no início o clube teve uma grande aceitação. Porém, suas metas eram vistas como “altas”, e conseguiu entregar no ano de 1979 apenas 4 Diplomas de 1° Grau. É provável que a falta de uma comunicação entre os membros em que permitisse maior rapidez diante a socialização das dicas e recomendações tenham prejudicado o bom desempenho do Clube na época. Afinal, tudo girava em correspondências onde demorava as interações. Como também, não havia a facilidade da portabilidade das comunicações que temos com os celulares, e outros equipamentos. Foras as correspondências, só havia o contato direto entre as pessoas por meio dos telefones onde dependendo das cidades ou Estados, o custo das ligações DDD eram altas. Vale ressaltar que a atual Comissão Messier-Polman fará uso dos critérios científicos para certificar seus membros com os Diplomas tão quão eram os critérios utilizados nas origens do Clube Messier. Afinal, os Diplomas de Grau emitidos pela U.B.A., tinham valor no segmento das Ciências, e assim o faremos na atual Comissão Messier-Polman para aquelas (es) que atingirem as metas de cada Grau.
Assim sendo, os Diplomas emitidos, e assinados por este que se mostra no momento como Coordenador do Clube Messier-Polman vai primar pelos princípios da metodologia cientifica observacional. Com isso, não se trata de um mero Diploma emitido para um "contempladista" do céu. Trata-se de uma valorização do trabalho observacional daqueles que assumem a postura de serem sistemáticos em seus trabalhos. Caso ocorram dúvidas sobre essa premissa na essência do que agora escrevo, convido essas pessoas para lerem um artigo de minha autoria publicado no Jornal da Ciência da SBPC: (http://www.geobrasil.net/newsletter/newsletter295.pdf), e disponível em outros endereços na WEB (https://pt.slideshare.net/dilenav/a-extino-do-astrnomo-amador-e-o-surgimento-do-astrnomo-estril-11393042), e (http://gaea-astronomia.blogspot.com/2012/02/extincao-do-astronomo-amador-e-o.html), intitulado: “A Extinção do Astrônomo Amador e o Surgimento do Astrônomo Estéril”. As conquistas dos “Diplomas de Grau” lhe conduzem em serem “Astrônomos” observacionais, fazendo-os estar em um nível bem acima daqueles que simplesmente contemplam o céu, e que os qualifico como a “turma do que lindo” por sempre dizerem essa expressão diante Messier por exemplo, ou ainda, “astrônomos de WEB” onde muitos não possuem noção do simples direcionamento dos Pontos Cardeais, e muito menos no reconhecimento da Abóbada Celeste com sua Mecânica Celeste.
O objetivo da Comissão do Clube Messier Polman, aqui nesse primeiro momento de retorno dessa Comissão, e representada por este que agora vos escreve, e representa a Associação Astronômica de Pernambuco – A.A.P., fundada em 1985, é de ajudar, orientar, estimular, e valorizar no incentivo das práticas observacionais no reconhecimento desses objetos dispostos nas constelações da Abobada Celeste. Com isso, a intenção maior é fortalecer a Astronomia amadora observacional, segmento este, que é o mais importante no desenvolvimento da própria Astronomia. Afinal, não é à toa que a maioria das observações astronômicas existentes na Astronomia não estão localizadas nos grandes observatórios, e sim, graças aos “amadores” dedicados espalhados pelo Mundo que ficam perscrutando as constelações em busca dos astros, e fenômenos que ocorrem. Com isso, a “caça” na busca aos Objetos Messiers torna-se de fundamental importância no reconhecimento das Constelações; firmar a compreensão das magnitudes aparentes em comparação com os cometas visíveis; além é claro, proporcionar a Astronomia contemplativa que é um forte pré-requisito no desenvolvimento profissional, e comercial do Astroturismo.
Nosso Blogger será paulatinamente atualizado com muitas dicas do mês com as constelações nos quais se mostram dispostos os Objetos Messiers. Como também, será aqui publicado uma ficha observacional desses objetos para os membros registrarem suas impressões de cada Messier observado. Essa “ficha” assumirá um perfil “padrão” nas análises de obtenção dos Diplomas de Grau. Vale também ressaltar que a observação dos 110 Objetos Messier que culmina no Diploma de 3° Grau, é uma tarefa bastante árdua por submeter o observador em possuir instrumentos astronômicos com poder resolutivo de magnitude m.10, e evidentemente possuir um local de observação livre o possível da Poluição Luminosa/Atmosférica. Pois, cerca de 25 Objetos Messiers possuem m.10 – Porém, isso não desmotiva outros na obtenção dos demais Diplomas de Grau. Afinal, observando, e registrado nas fichas 30 Objetos Messier, já se tem um Diploma de 1° Grau, e muitos desses objetos são visíveis a olho nu, ou com instrumentos pequenos, e até binóculos por temos muitos desses objetos com magnitude m.4; m.5; m.6, e m.7 onde instrumentos pequenos nos fazem avistar. Até lá, peço que acessem os Links sugestivos para leituras aqui citados no Blogger, e vão se familiarizando com o tema.
Quanto aos demais graus dos Diplomas, eles são emitidos na proporção em que o membro observador consegue registrar em fichas 60 Messiers, para o Diploma de 2° Grau onde as magnitudes aparentes desses Messiers oscilam entre m.8 e m.9 e o instrumento já passa a ser de médio ou grande porte. O Diploma de 3° Grau é quando o membro consegue observar e registrar os 110 Objetos Messier. Essa tarefa resulta em muita dedicação observacional uma vez ser impossível observar todos esses objetos em menos de um ano. Afinal, temos que levar em conta os arranjos visíveis das constelações durante o ano, e os "atrapalhos" meteorológicos que somos muitas vezes acometidos com nuvens, e chuvas. Mas, visando resgatar o lado histórico do Clube Messier, informo que o primeiro membro do Brasil que conseguiu obter o Diploma de 3° do Clube Messier foi Wilson Schmidt da cidade de Ibirubá no Rio Grande do Sul em 1980. Depois tivemos outros diplomados em seus respectivos Graus. Como a U.B.A., ficou por anos parada nas suas atividades não mais ampliamos com as colações de Grau. Mas, em uma outra postagem aqui na Comissão irei apresentar o relato do Wilson Schmidt onde não tenho dúvidas ser bem  inspirador para muitos.

 Então, não seja apenas bem vinda (o) à Comissão Messier-Polman, seja realmente bem vinda (o) ao patamar em serem ASTRONOMAS (OS) observacionais. Não esqueçam de enviar para o nosso e-mail: astronomiaaap@gmail.com  ou aqui, nos contatos do Blogger, o seu interesse em fazer parte desse importante, e histórico momento da nossa Astronomia prática.

Um abraço "messpolmeano" para todas (os)

Audemário Prazeres
Coordenador do Clube Messier-Polman
Presidente fundador da A.A.P., (1985)
Atuando de forma ativa na Astronomia há 40 anos

4 comentários:

  1. Texto maravilhosamente inspirador! Que mais pessoas possam tão apaixonadamente contribuir com a Astronomia Brasileira! Vamos juntos! Um abraço "messpolmeano".
    Lucivânia Souza

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    1. Agradeço a amabilidade das palavras. E vamos em frente desenvolvendo mais a visão "vertical".

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  2. Um texto motivador e bem didático! Obrigado!
    Estou motivado e ancioso.

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    1. Fico feliz por suas palavras Rodrigo. Desejo-lhe ótimas observações e registros. Um abraço.

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