01/03/2020

GALERIA DOS NOTÁVEIS

Neste mês de Março, homenageamos o SEXTO observador dos Objetos Messier que recebeu o Diploma de 1° Grau do Clube Messier da União Brasileira de Astronomia - U.B.A. Afinal, justamente no boletim da U.B.A., de Março de 1980, vemos lá o reconhecimento há 40 anos. Esse observador, é Diomar Cesar Lobão, atualmente, Prof. Diomar Cesar Lobão Ph.D Universidade Federal Fluminense, UFF do Dept. de Ciências Exatas VCE em Volta Redonda, RJ. Diomar, assim posso chamá-lo pela estima de amizade que o tenho, é um verdadeiro gentleman, onde atendeu carinhosamente o pedido da Comissão do Clube Messier-Polman em redigir algumas palavras sobre os objetos Messier.

Objetos Messier
Prof. Diomar Cesar Lobão Ph.D

Os objetos Messier são um conjunto de 110 objetos astronômicos catalogados pelo astrônomo francês Charles Messier (1730–1817) em seu Catalog des Nébuleuses et des Amas d'Étoiles, ano de 1771. Como Messier só estava interessado em encontrar cometas, ele criou uma lista de objetos não-cometas que frustraram sua busca por eles. Nos idos de 1973, fazendo parte como membro estudantil do antigo CEA, começou minha caminhada como observador dos objetos Messier no programa criado pelo saudoso Padre Polman obtendo o diploma de 1º grau o que veio coroar minha busca de conhecimento. Como sabem, é necessário o conhecimento das coordenadas celestes de ascensão reta e declinação estabelecidas em uma determinada época para podermos localizar os objetos Messier na carta celeste e daí procura-los in loco na esfera celeste. Daí surgiu à necessidade de estudar sobre a esfera celeste e consequentemente os fundamentos da trigonometria esférica, há muito foi retirada do currículo do ensino médio. É bom lembrar que por decreto do primeiro ministro da educação brasileira, por volta dos anos 30, essa cadeira assim como a cosmografia foi retirada permanentemente do currículo escolar e até hoje quase cem anos, acumulando muitos esforços não sucedidos foram empenhados para seu retorno. A atividade observacional pratica abre horizontes cognitivos imensuráveis fazendo o estudo constante ser um parceiro fiel da aprendizagem. Quero deixar o registro que na época de membro do CEA tudo era feito por carta, sim, tínhamos o prazer de escrever cartas e esperar por 25 a 30 dias as respostas, e minha memória revela o quanto era bom receber cartas do CEA escritas pelo Padre Polman apoiando o esforço na caminhada. De minha época ainda restam alguns antigos conhecidos, como Marco Petek, do RGS. Nosso amigo de muitas cartas o saudoso Marcos Nauli de Campinas, SP, também o Cláudio Egalon, EUA, serviram para modelar minha carreira como Professor e Pesquisador. Essa é uma oportunidade inédita de aprendizagem nesse mundo moderno do smartphone.

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