03/09/2020

O CLUBE MESSIER-POLMAN, É O SEU "GUARDA MANOBRA"

     A Comissão Messier-Polman se mostra desde o retorno das atividade de União Brasileira de Astronomia - U.B.A, em uma crescente constante. Todo esse sucesso, pode alguns atribuírem ao seu Coordenador, que é um incansável aficionado pela Astronomia há 40 anos. Mas, seguramente posso afirmar que não pensem assim. Na verdade, entendam um tipo de "aura", "brisa", "campo energético" herdado de uma época (anos 70 e 80), em que a Astronomia Observacional fazia "mexer" conosco não no campo do ego, mas sim, no prazer do quanto é gratificante desenvolvê-la com o uso da METODOLOGIA CIENTÍFICA. Com isso, aquela mera, e rápida observação astronômica de contemplação jamais cabe nessa narrativa de essência na qual denominei de "aura". 
Messier-Polman, a mais dinâmica Comissão da U.B.A.
      Prosseguindo na narrativa dessa postagem, ouso condicionar a Comissão do Clube Messier-Polman, e este Coordenador, em assumirem o papel encontrado no legado dos antigos “Guardas Manobra” existentes nos Observatórios do passado. Ou seja, um “Guarda Manobra” era um tipo de profissão legalizada desde 1915, através do Decreto n° 11.508 de 4 de Março, onde um funcionário dos mais experientes do observatório ficava responsável em preparar os instrumentos na limpeza, colimação, e até, na focalização nos momentos de astrofotografia quando um astrônomo estava por fazer uma observação, ou registro. Como também, ele ficada de "vigia" olhando as melhores "janelas" entre nuvens para chamar o astrônomo que geralmente estava cochilando numa espécie de divã, chamado de “chaisse longue” antes das suas observações. 

      Os argumentos nos quais ouso condicionar a Comissão do Clube Messier-Polman em assumir a postura em ser o "Guarda Manobra" dos seus Colaboradores (as), vem pelo fato de não estimular um tipo de "competição" de quem é melhor, ou mais rápido na "caçar" aos objetos Messier (galáxias, aglomerados, e nebulosas). Na verdade, a Comissão do Clube Messier-Polman faz uso de uma motivação, orientação, e ensina outras questões que envolvem as observações do objetos Messier, tais como: Reconhecimento das constelações da abóbada celeste através das observações práticas, e não apenas diante aplicativos que simulam o céu. E institui uma postura de disciplina com os seus Colaboradores (as) sobre a importância em estabelecer a conduta da Metodologia Científica propiciando em suas observações o verdadeiro "espirito" da Iniciação Cientifica na Astronomia Observacional Sistemática. Com isto, o Colaborador (a) se encontra apto, ou mais qualificado para desenvolver outras observações astronômicas nas quais a prática em "caçar" os Messier servirá de um bom alicerce nos seus resultados, tais como: Identificação de Estrelas Variáveis; Caça e identificação de Cometas, e identificação de Estrelas Duplas. Além é claro, de ter uma maior experiência no diagnóstico do comportamento atmosférico das nuvens, tendo mais precisão em saber se determinada noite será possível as "janelas" entre nuvens para as suas observações. Bem como, reconhecimento mais familiarizado dos limites, e identificação das constelações, sem esquecer que a prática rotineira em observar os astros localizados no céu profundo aumenta a sua prática visual na acomodação dos seus olhos diante uma ocular. Afinal, nem sempre os observadores iniciantes possuem a prática de ficarem "caolho" por um certo tempo fazendo uso de um olho na ocular de forma relaxada.

Audemário Prazeres, justando, e colimando o telescópio principal chamado de "Tecano" com espelho de 10 polegadas, antes de uma noite de observação na cúpula giratória existente.
     Essas imagens aqui dispostas, representam um momento entre tantos outros que aconteciam com este Coordenador no começo dos idos anos 80, onde havia um preparo prévio nos instrumentos, e acessórios antes das observações de cunho cientifico, ou momentos práticos com os alunos do curso de Iniciação de Astronomia que havia. Dessa forma, e alusivamente, me vejo como um tipo de "Guarda Manobra" no antigo, e extinto, Clube Estudantil de Astronomia, fundado pelo saudoso grande mestre Polman, no Recife/PE. O antigo Clube Estudantil não era apenas um local dedicado exclusivamente para contemplação dos astros, era um ambiente de aprendizado e de pesquisa na Astronomia onde aqueles (as) que ali passaram tiveram a grande oportunidade de fazer à Astronomia com as "próprias mãos", o que significa uma grande "dádiva". 

Colimação feita entre o espelho secundário com o espelho principal do telescópio de 10 polegadas
Oculares que eram limpas após as noites de observações
Dedicatória feita pelo saudoso mestre Polman em seu belíssimo trabalho histórico sobre o astrônomo holandês  Marcgrave, da comitiva de Nassau.

Dispondo, e colimando os telescópios para as Noites Astronômicas para o grande público, e nas aulas práticas dos cursos de Astronomia
Telescópios dispostos no pátio com bancos próprios para as observações. Depois de cada noite de trabalho, os mesmo eram recolhidos, limpos as oculares, e cobertos em uma área para esse fim dentro do antigo Clube Estudantil de Astronomia no Recife/PE.



4 comentários:

  1. Sensacional! Sensacional! S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!
    Uma verdadeira aula de História da Astronomia!

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    1. Agradeço pela amabilidade com as palavras estimada Lucivânia. Um abraço Messpolmeano !!!

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  2. Parabéns meu amigo! Boas falas: "(anos 70 e 80), em que a Astronomia Observacional fazia "mexer" conosco não no campo do ego, mas sim, no prazer do quanto é gratificante desenvolvê-la com o uso da METODOLOGIA CIENTÍFICA."

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    1. Gratíssimo, Colaborador, e amigo Salerno. A Astronomia como bem sabes, nos inspira em sermos autênticos. Um abraço Messpolmeano !!!

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