DESTAQUE MESSIER-POLMAN: Álvaro Borges Certificado como Membro de 2º Grau do Catálogo Messier do Clube Messier-Polman da UBA

 

Sempre ressaltamos aqui a dedicação que nossos colaboradores/membros têm em suas observações. Observar e registrar sistematicamente os objetos de céu profundo exige muita paciência e persistência, o que a cada grau se torna ainda mais desafiador. Entre os membros que se dedicam em suas observações, relatos e esboços, destacamos de novo o Álvaro Borges que mais uma vez é certificado, dessa vez como "Astrônomo Observacional Amador de 2° Grau (Messier)".

Na sequência, segue o relato enviado pelo Álvaro: 

Breve resumo da minha jornada durante o período de observações

Após obter as certificados Messier 1° Grau em setembro de 2021 e Caldwell 1° Grau em novembro 2021 continuei minhas observações, sempre registrando tudo, inclusive os objetos revisitados e agora observados com mais detalhes e calma. 

O mês de dezembro de 2021 e o início de janeiro de 2022 foram de chuvas e céu encoberto na região sudeste, com poucas oportunidades de observações e enorme frustração. 

Finalmente na segunda metade de janeiro o céu limpou e trouxe consigo as constelações de Leão, Virgem e Coma Berenices, com suas 23 galáxias do catálogo de Messier, de frente para minha janela, com possibilidade de observações de até 50° de altitude. 

Essa foi uma grande oportunidade para avançar na busca da certificação de 2° Grau Messier, mas também um enorme desafio de localizar e visualizar estes tênues e pequenos objetos. 

Agora, com um ano de experiência e com algumas melhorias no meu telescópio refletor de 150 mm, tais como: oculares de melhor qualidade, filtros de alto contraste, buscadora tipo Red Dot Finder, motorização do eixo RA e sistema de localização tipo Push-To, me senti com possibilidade real de observar estas galáxias. 

Ciente das limitações de observar galáxias de um local com elevada poluição luminosa, mas com esperança de noites escuras de Céu sem nuvens e sem luar, elaborei um planejamento detalhado para localizar cada  uma delas, listando as estrelas próximas mais brilhantes e as contidas no campo visual de 1 grau da minha ocular de busca. 

O resultado foi a visualização das galáxias, não como aparecem nas fotografias mostradas na Internet, mas como pequenos pontos, tênues e difusos, apenas o núcleo mais brilhante destes objetos distantes a mais de 40 milhões de anos luz. 

Outra característica desta jornada foi a grande quantidade de Aglomerados Globulares observados. Aqui aprendi a técnica de visão periférica e de fazer pequenos movimentos rápidos com o tubo ótico para perceber estes tênues objetos. 

Nesse período viajei, levando meu telescópio refrator de 70 mm, para a pequena cidade serrana de Penedo, no estado do Rio de Janeiro, a 423 metros de altitude. Lá tive a oportunidade de observar num céu Bortle 4, sem nuvens e sem Lua, diversos DSOs que não conseguia visualizar de onde moro. Apreciar a olho nú alguns aglomerados das constelações de Centauro, Carina, Escorpião e Sagitário foi muito empolgante. 

Agradeço a comissão técnica Messier Polman pelo incentivo e pretendo prosseguir até alcançar os 110 objetos de Messier. 

Rio de Janeiro 15/03/2022 alvaromborges54@gmail.com

Parabéns, Álvaro! Esperamos em breve emitir seus próximos certificados. Céus limpos e boas observações!

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