Observar esporadicamente os objetos de céu profundo é uma atividade comum aos entusiastas de astronomia que possuam equipamentos para observar o céu. Agora quando falamos de observação sistemática é algo que vai além de simplesmente observar. Observações dessa natureza exige paciência, planejamento, dedicação e principalmente até horas de olho no telescópio para conseguir distinguir detalhes que passariam despercebidos por olhos menos treinados, isso por que não falamos sobre poluição luminosa no encalço dos nossos colaboradores. Dentro do clube existem muitos membros com esse foco e dedicação em realizar observações de alta qualidade mesmo com condições bem adversas. Dentre esses membros destacamos mais uma vez o carioca Álvaro Borges que obtém mais uma certificação no clube, dessa vez como Astrônomo Observacional Amador de 3° Grau (Messier).
Na sequência, segue o relato enviado pelo Álvaro:
Breve resumo da minha jornada durante o período de observações
Após obter o
certificado Messier de 2⁰ Grau em março de 2022 com 60 "Objetos de Céu
Profundo" (DSO) observados,
continuei minha jornada em busca de mais 30 DSOs do catálogo, sempre
registrando tudo, inclusive os objetos já vistos e agora observados com mais
detalhes.
A jornada a minha frente se mostrava bem difícil. A maioria dos DSOs que restavam eram de magnitude maior que 7 e o local onde resido, na cidade do Rio de Janeiro, tem elevada poluição luminosa (Bortle 8). Isso me obrigou o uso quase exclusivo de um telescópio refletor de 150 mm de abertura.
As janelas do onde moro tem uma limitação de Altitude de observação de 10⁰ a 50⁰ e uma faixa de Azimute de apenas 5⁰ a 175⁰.
Esses fatores limitaram minhas observações para dias totalmente sem nuvens, excelente transparência, sem luar e em horários que os DSOs estivessem na Altitude entre 25⁰ e 50⁰. Isso me obrigou a fazer muitas observações de madrugada e um planejamento bem detalhado de cada observação.
Além disso, 13 dos 50 DSOs ainda não observados do catálogo Messier então no Hemisfério Norte, com Declinação superior à 47⁰, restando então apenas 37 objetos possíveis de serem observados com Altitude adequada para visualização na Latitude de 22.9⁰ Sul onde resido.
A jornada a minha frente se mostrava bem difícil. A maioria dos DSOs que restavam eram de magnitude maior que 7 e o local onde resido, na cidade do Rio de Janeiro, tem elevada poluição luminosa (Bortle 8). Isso me obrigou o uso quase exclusivo de um telescópio refletor de 150 mm de abertura.
As janelas do onde moro tem uma limitação de Altitude de observação de 10⁰ a 50⁰ e uma faixa de Azimute de apenas 5⁰ a 175⁰.
Esses fatores limitaram minhas observações para dias totalmente sem nuvens, excelente transparência, sem luar e em horários que os DSOs estivessem na Altitude entre 25⁰ e 50⁰. Isso me obrigou a fazer muitas observações de madrugada e um planejamento bem detalhado de cada observação.
Além disso, 13 dos 50 DSOs ainda não observados do catálogo Messier então no Hemisfério Norte, com Declinação superior à 47⁰, restando então apenas 37 objetos possíveis de serem observados com Altitude adequada para visualização na Latitude de 22.9⁰ Sul onde resido.
A consequência de todas essas dificuldades foi um longo período de 5 meses de observações e a necessidade de muitas tentativas para observar cada um dos 30 DSOs deste relatório.
Os objetos M31 (Galáxia de Andrômeda), M33 (Galáxia do Triângulo) e M39 (Aglomerado Aberto na constelação do Cisne) foram observados com um binóculo 20x50 mm da cidade praiana de Rio das Ostras (RJ) que possui menos poluição luminosa (Bortle 7) e menos obstruções de prédios e morros.
Em resumo, foi necessário muita paciência e perseverança, mas isso me proporcionou grande aprendizado das constelações e de técnicas de busca e visualização.
Me sinto orgulhoso de ter concluído essa missão quase impossível com os recursos disponíveis.
Fim
alvaromborges54@gmail.com
06 de setembro
de 2022
Rio de Janeiro,
RJ
Parabéns, Álvaro! Esperamos em breve emitir sua próxima certificação. Céus limpos e boas observações!
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