COMISSÃO CLUBE MESSIER-POLMAN DA UBA

ABRIL, A "PORTA" AO

"RETORNO À ESCURIDÃO"

     Outono, uma das melhores estações no Brasil para observações astronômicas, em especial no Norte e Nordeste. As noites se mostram mais "ESCURAS", os astros se mostram mais contrastantes, e a temperatura das noites mais amenas com as ações dos ventos mais moderados. Isso significa na prática, noites mais longas, janelas entre nuvens mais amplas, e um céu majestoso de transparente para as nossas observações dos objetos do céu profundo, em especial os MESSIER.

     Durante o mês de Abril, teremos um fato interessante que é a disposição dos objetos Messier de forma muito favorável para vários observadores dispostos em Latitudes diferentes, em especial para aqueles situados em Latitudes maiores durante esse estação de Outono. É justamente no mês de Abril,  ser possível ver alguns Messier típicos das estações do Verão e do Inverno. Por exemplo, às 21 horas temos nascendo ao Leste o fantástico aglomerado globular na constelação de Hércules (Messier 13), se ponto no Oeste um outro aglomerado, sendo este aberto, (Messier 41), na constelação de Canis Major.

Messier 13

   

Messier 41

     Abril nos trás o Outono com suas noites escuras e astros mais contratantes sem aquelas famosas "rajadas" de vento frio bem tipicas do final da Primavera com o início do Verão. Com isso, o mês de Abril, é o "retorno à escuridão" sendo perfeito para a "caça" dos objetos Messier. O que interrompe essa qualidade de um céu favorável para observações, é as Festas Juninas principalmente no Nordeste brasileiro com a incidência das fogueiras. Essa cultura de acendimento das fogueiras é um tipo de cultura que se mostra totalmente oposta aos apelos ambientais, e também, no aspecto de saúde. Pois, as doenças respiratórias se mostram mais intensas por conta do excesso de fumaças das fogueiras, e se bem pensarmos nos fatores que cercam a pandemia do Coronavírus deveriam as fogueiras serem proibidas. No tocante a qualidade das observações astronômicas, as fumaças dispostas na Atmosfera impactam consideravelmente a visibilidade transparente dos astros. Mas, "driblando" essa questão, um binóculo 7x50, ou 10x50 é um instrumento excepcional para contemplação, e registro dos Messier.

Audemário Prazeres
Coordenador do Clube Messier-Polman
A.A.P./U.B.A.