01/04/2020


HOMENAGEM POST MORTEM
CHARLES MESSIER

     Neste mês de Abril, completamos 203 anos da morte de um dos patriarcas do nosso Clube Messier-Polman, sendo mais preciso, no dia 12 de Abril de 1817. Trata-se do grande Charles Messier. que faleceu aos 86 anos.


Boletim mimeografado da U.B.A., de divulgação do
 Clube Messier pelo Padre Polman no antigo CEA/Recife/PE. 
     Messier nasceu em Badonviller, na região da Lorena, na França, e foi o décimo de doze filhos de Françoise B. Grandblaise e Nicolas Messier. Seis de seus irmãos e irmãs morreram ainda jovens, e seu pai morreu em 1741. Em 1770, aos 40 anos, Messier se casou com Marie-Françoise de Vermauchampt, ao qual tragicamente morreu de parto menos de dois anos depois, juntamente com o novo filho de Messier. 

     O interesse de Messier pela Astronomia foi estimulado pelo aparecimento do grande cometa de "seis caudas" em 1744, e pelo eclipse solar anular visível em sua cidade natal em 25 de julho de 1748. Mas, a primeira observação documentada de Messier não foi um dos seus objetos, sendo o trânsito de Mercúrio ocorrido em 6 de Maio de 1753. Ao longo de sua carreira, Messier descobriu quarenta nebulosas e 13 cometas. 

     Em 1757, Messier começou a procurar um cometa cujo retorno foi previsto por Edmond Halley . No entanto, um erro nos cálculos de seu empregador levou o infeliz Messier a procurar no trecho errado do céu. Em 28 de agosto de 1758, Messier descobriu uma mancha difusa na constelação de Touro. Observações repetidas revelaram que a "mancha" não se moveu em relação às estrelas de fundo e, portanto, não era um cometa, e sim, a Nebulosa do Caranguejo que se tornou a primeira entrada em seu catálogo, Messier 1 ou M-1
Desenho à mão feito por Charles Messier
 de M-42 em 27 de Março de 1774

     A primeira versão do catálogo de Messier continha 45 objetos e foi publicada em 1774 na revista da Academia Francesa de Ciências de Paris. Além de suas próprias descobertas, esta versão incluía objetos anteriormente observados por outros astrônomos, com apenas 17 dos 45 objetos sendo de Messier. Em 1780, o catálogo havia aumentado para 80 objetos. A versão final do catálogo foi publicada em 1781, na edição de 1784 do Connaissance des Temps. A lista final de objetos Messier havia aumentado para 103. Em várias ocasiões entre 1921 e 1966, astrônomos e historiadores descobriram evidências de outros sete objetos observados por Messier, logo após o versão final foi publicada. Esses sete objetos, M-104 a M-110, são aceitos pelos astrônomos como objetos Messier "oficiais".


Telescópio de Messier
Messier realizou suas observações em um telescópio de abertura quatro polegadas (100 mm). Como o céu em seu tempo não tinha a poluição luminosa que temos atualmente, é possível nas suas observações que resultaram o surgimento do seu catálogo vai do M-1 ao M-110. Mas, o que realmente é importante nesse seu trabalho, é o fato dos objetos Messier serem utilizados como REFERÊNCIA na Abobada Celeste para inúmeras observações astronômicas como melhor situarmos os cometas no céu. Como também, os Messier são utilizados como comparação de estimar magnitudes que é outra referência muito importante na Astronomia Observacional



Placa comemorativa na cidade natal de Messier, Badonviller

Crateras na Lua em homenagem ao Messier. 

Túmulo de Messier, em Paris

Audemário Prazeres

Coordenador
A.A.P./U.B.A.

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