11/05/2021

DESTAQUE MESSIER-POLMAN: Tharcisio Caldeira Certificado como Membro de 3º Grau do Clube Messier-Polman da UBA

Observar os objetos do Catálogo Messier pode ser um tarefa bastante difícil se não houver um bom planejamento. E é até natural imaginar que atingir o 1º Grau é mais fácil e que os graus subsequentes ficarão gradualmente mais difíceis. Porém, devemos considerar que muitos fatores podem interferir nessa questão. Mesmo escolhendo objetos de melhor magnitude, se o observador não tiver prática, organização e persistência sem dúvidas o 1º grau será o mais difícil! Isso sem levar em conta as características do instrumento utilizado. 

Vejam o exemplo do Tharcisio, que passados os dois primeiros graus, concluiu o 3º Grau em tempo recorde, com direito a verdadeiras mini maratonas por algumas noites. Crianças, não tentem isso em casa!!😁 


Ou melhor, se você ainda está iniciando suas observações e não tem muita prática se organize para observar de 1 a 3 Objetos Messier por noite, no máximo. Conforme for avançando nos graus perceberá que já consegue utilizar melhor o instrumento de observação, já consegue fazer um reconhecimento de áreas específicas do céu, suas constelações e seus Objetos de Céu Profundo, o que permitirá um melhor planejamento e, consequentemente, uma observação sistemática muito mais madura. Chegando nesse nível, promover maratonas de observação, sem perder a qualidade e o rigor da observação sistemática, não será um problema para você!

Tharcisio, com orgulho, o parabenizamos pela conquista de tê-lo como o PRIMEIRO Membro de 3º Grau do Clube Messier-Polman da União Brasileira de Astronomia (UBA), após sua reativação.

Confira na íntegra o relato do Tharcisio:

RELATÓRIO DE REGISTROS OBSERVACIONAIS

Envio o relatório de minhas observações sistemáticas, realizadas entre 15/04/2021 e 10/05/2021. Ironicamente, após a longa demora para a obtenção da certificação de 2° Grau, desta vez ocorreu o inverso: consegui registrar 30 objetos do Catálogo Messier em apenas 26 dias.

Isto só foi possível porque aproveitei os últimos dias de férias e os primeiros dias de retorno ao trabalho remoto para me hospedar em um chalé que fica em região isolada da Serra do Ibitipoca, em Minas Gerais. Trata-se de uma região cuja escala Bortle varia entre 2 e 3, proporcionando um céu maravilhosamente escuro para observações astronômicas.

Diante de uma oportunidade desta, tentei observar o máximo possível de objetos do Catálogo Messier. Inclusive, consegui observar objetos que, até então, julgava não serem possíveis de serem observados com meu telescópio, como M91 (que, na verdade, só pôde ser observado com oculares de maior potência). 

O único inconveniente desta “semana astronômica” (na qual pude registrar 24 dos 30 objetos deste relatório) foi o frio absurdo que fazia na região. Mas estas são adversidades que qualquer astrônomo amador está ciente que enfrentará ao longo de sua jornada.

Agradeço, mais uma vez, ao Clube Messier-Polman por ter me proporcionado essa experiência. Termino repetindo a mesma frase do primeiro e segundo relatórios: “Que cada vez mais pessoas possam olhar mais para o céu, a fim de olhar menos para o umbigo...”. Abraços messpolmeanos!

 Tharcisio Caldeira

_______________________________________

Interessado em se tornar um "Astrônomo Observacional Amador" certificado pela Comissão Clube Messier-Polman, da União Brasileira de Astronomia? Junte-se à nós!

Clique aqui e faça seu cadastro! Torne-se um colaborador da Comissão Clube Messier-Polman! 

Aqui, "um ajuda o outro"!


Coordenação da Comissão Clube Messier-Polman da UBA

________________________________________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário